Rouxinol -Capítulo 6
- Gabriel Agapito
- 22 de abr. de 2024
- 6 min de leitura
Lourenço: ( Sentado/ contente)
Tô feliz que amanhã irei apresentar meu relatório à faculdade sobre as descobertas incríveis que tem em Xangai, não foi fácil fazer essa pesquisa mas deu certo.
Alípio: ( Comendo/ tranquilo)
Eu fico feliz, você é muito inteligente e merece ter os créditos por essa descoberta.
Lúcia: ( Levando o copo à boca/ tranquila)
Eu também tô muito feliz, logo agora que meu ateliê recebeu uma encomenda internacional e as demais costureiras estão ansiosas.
Lourenço: ( Sentado/ olha o braço/ curioso)
Mãe, pai, essa marca no meu braço tá brilhando de novo, o que isso significa?
A câmera sai lentamente mostrando o plano geral da sala
CENA 1: ( VISÃO AÉREA/ NOITE/ SÃO PAULO/ EXT)
A Câmera sobrevoa a cidade mostrando o movimento da população e muitos carros se locomovendo e a câmera foca no bairro paroquial.
CENA 2: ( RUA PAROQUIAL/ NOITE/ EXT)
A Rua está com movimento leve e a câmera mostra a fachada da casa de Raquel.
CENA 3: ( CASA DE RAQUEL/ NOITE/ INT/ SALA)
Raquel está degustando a sobremesa e sua filha Brígida a interrompe querendo saber a ausência da bisavó
Brígida: ( comendo/ sentada/ tranquila)
Esse pavê de abacaxi está divino mãe, você herdou esse talento da minha bisavó?
Raquel: ( sorri/ sentada/tranquila)
Sua bisavó era uma cozinheira de mão cheia, sabia de tudo.
Brígida: ( Curiosa/ sentada)
E minha bisavó a senhora não comenta sobre ela, se morreu de que ou o que aconteceu.?
Raquel: ( Respira/ sentimental)
A última vez que vi ela,ela viajou pra Indonésia e desde então não soube mais notícias dela.
Brígida: ( Curiosa/ leva o guardanapo aos lábios)
E a senhora nunca procurou saber o que aconteceu não?
Raquel: ( Levanta/ desconfortada)
Você não ia sair com suas amigas não, esse é um assunto pra outra hora.
A câmera sai lentamente mostrando Raquel tirando a mesa enquanto sua filha levanta e pega bolsa que está na cadeira.
CENA 4: ( VISÃO AÉREA/ NOITE/ EXT/ SÃO PAULO)
A câmera sobrevoa a grande São Paulo e mostra os incríveis prédios e uma iluminação linda, e uma visão do céu bastante nublado com poucos raios da lua.
CENA 5: ( APARTAMENTO/ INT/ NOITE)
A Câmera mostra a fachada do apartamento eum rapaz no quarto arrumando as malas e alguém entrando.
CENA 6: ( AP./ QUARTO/ NOITE)
Nícolas está a arrumar suas malas e sua mãe Odete entra para comprimentá-lo.
Odete: ( Entrando/ tranquila)
Dessa vez você vai pra onde?
Nícolas: ( fechando a mala/ cabisbaixo)
Como você e o papai se importasse com o que faço né.
Odete: ( Em pé/ cara fechada)
Não entendo porque dessa sua frieza para comigo e com seu pai, não te fizemos nada.
Nícolas: ( levanta a cabeça/ respira)
Mãe, vocês nunca me apoiaram na minha carreira, quando podem,me criticam, o que quer que eu faça?
Odete: ( Segue até a janela/ séria)
No princípio só queríamos que você seguisse os passos da família no ramo dos negócios.
Nícolas: ( Pega o celular na cabeceira/ sério)
Que espécie de negócio?
Enganar as pessoas como meu pai faz, isso eu não quero.
Aliás não verei mais.
Eu estou indo a Nova York para fazer um comercial e quando voltar venho direto pro meu apartamento tá.
Odete: ( Vira de frente/ séria)
Parece que dessa vez não posso fazer nada não é?
Você é meu filho e como mãe por mais que eu não apóie sua carreira eu quero que você seja bastante feliz.
A câmera sai lentamente mostrando Odete com lágrimas no olhar e Nicolas olhando fixamento pra janela.
CENA 7: ( VISÃO AÉREA/ NOITE/ SÃO PAULO)
A cidade está bem movimentada, com muitos carros no centro e uma paisagem noturna bem elegante.
CENA 8: ( CASA DE LOURENÇO/ SALA/ INT)
Lourenço está preocupado com a marca em seu pulso e seus pais explicam mais ou menos o que possa ser.
Alípio: ( Sério/ sentado)
Filho não sabemos ao certo o que seja, essa sua marca está com você desde que nasceu.
Lúcia: ( Tomando suco/ sentada)
A única coisa que sabemos é que quando sua marca brilha alguma coisa estranha acontece.
Alípio: ( Sério/ sentado)
Coisas como,a luz se apaga de repente, coisas quebram enfim um mistério completo.
Lourenço: ( curioso/ preocupado)
Então o que eu sou?
A câmera sai lentamente mostrando o clima tenso entre os três e mostra o plano geral da sala
MALÁSIA
CENA 9: ( APARTAMENTO/ SALA/ NOITE)
A Câmera mostra Erendor comendo e sua irmã Celeste preocupada com algo e desperta no rapaz curiosidade.
Erendor: ( sentado/ leva o guardanapo aos lábios/ curioso)
Algum problema irmã?
De repente você ficou séria, parece preocupada com alguma coisa.
Celeste: ( Sentimental/ preocupada/ sentada)
Nada irmão, só pensamento mesmo.
Depois de amanhã faz 20 anos que nossos pais nos deixaram.
Erendor: ( sentado/ curioso)
Agora lembrei, toda vez que pergunto sobre meus pais você sempre muda de assunto ou procura algo pra justificar, tem algo que não posso saber?
Celeste:( temerosa/ preocupada)
Talvez outro dia eu possa contar, agora temos que terminar de comer e em seguida dormir que amanhã tem muita coisa pra fazer.
CENA 10:( FACULDADE/ IRLANDA/ INT/ MANHÃ)
A câmera mostra os estudantes transitando no pátio e corredores da instituição. E Katarina observando Michael e seu irmão Brian a interrompe.
Brian: ( Descolado/ segue até a moça/ furioso)
De novo atrás desse nerde Katarina, você não tem vergonha não?
Katarina: ( Fecha o sorriso/ briga com o irmão)
Olha Brian, não sei porque você implica tanto com ele, ele nunca te fez nada, agora você que fica bancando o garanhão por aí e só leva patada.
É possivel ouvir o som do sinal indicando o horário pra entrar na sala e a câmera mostra todos indo em direção aos seus respectivos lugares.
CENA 11: ( PAROQUA SÃO SEBASTIÃO/ ENTRADA/ MANHÃ/ BRASIL)
A câmera foca em Raquel chegando na igreja e o padre prontamente segue até a fiel.
Pe. Clemente: ( Ofegante/ sério/ em pé)
Como vai filha, tudo bem?
Raquel: ( Aflita/ em pé)
A sua benção, padre
Pe. Clemente:
Deus abençoe.
O que aconteceu, a senhora parece está aflita.
Raquel: ( preocupada/ angustiada)
Sim padre, e vim conversar com o Sr. é um assunto estritamente confidencial.
Pe. Clemente: ( assustado)
Então vamos até minha sala, lá conversaremos mais a vontade.
CENA 12: ( RUA DOS ALFAIATES/ MANHÃ/ EXT/ SÃO PAULO)
A Câmera mostra alguns vizinhos transitando na rua e mostrando a fachada da casa de Celestina Camargo.
CENA 13: (CASA DE CELESTINA/ SALA/ MANHÃ/ INT)
Celestina e Gustavo estão tomando café da manhã e o filho pergunta sobre o pai, deixando sua mãe pálida.
Gustavo: ( comendo mamão/ para)
Mãe lembro que você falou da morte do meu pai, mas porque quando toca nesse assunto a senhora fica pálida ou algo do tipo.
Celestina: ( Para/ respira)
É um assunto muito delicado a ser comentado logo agora de manhã, mas já que você sempre insiste vou contar a verdade.
Seu pai era um militar e naquela época nós eramos novos com muitos sonhos…
Gustavo: ( Curioso/ sentado)
E porque ele foi a essa investigação como a senhora sempre fala.
Celestina: ( sentada/ cruza as mãos e foca no vácuo)
Naquela época o serviço militar era muito rígido com os novatos e como seu pai era bem próximo ao capitão do pelotão de investigação, ele foi indicado por ele pra fazerem parte dessa equipe e pra não fazer desfeita seu pai não tinha escolha pra recusar.
E sobre essa maldita investigação nenhum da equipe voltou com vida.
Gustavo: ( Sério/ sensível)
Desculpa mãe, essa parte da história a senhora não tinha contado, eu sinto muito.
Celestina: ( com sorriso indiscreto/ levanta)
Tudo bem.
Agora termina seu café que já estou de saída pro colégio e você não pode se atrasar pra faculdade.
CENA 14:( PARÓQUIA/ SALA/ MANHÃ/SÃO PAULO)
A câmera mostra o padre e Raquel sentados e uma ajudante da igreja colocando uma bandeja de café na mesa.
Pe. Clemente: ( sentado/ curioso)
Obrigado Filha.
Agora pode falar o que tá lhe deixando angustiada Raquel.
Raquel: ( angustiada/ sentada/ aflita)
Bom padre é sobre minha avó
A verdade sobre o desaparecimento dela é que ela foi em uma missão.
Ela era uma fada.
Pe. Clemente: ( Pasmo/ desacreditado)
Como é filha?
Uma fada?
Isso não existe, você deve tá delirando.
Raquel: ( Séria/ angustiada)
Quem dera fosse delírio
Ela até deixou um livro com toda a história do mundo dela e como foi destruído e ela teve que se refugiar aqui na terra.
Pe. Clemente: ( Sério/ desacreditado)
A única crença que devemos ter é a do nosso senhor, o que você tá falando é ultrajante não tem sentido nenhum.
Raquel: ( Séria/ sentada)
Eu também não acreditava nisso até ela abrir um portal naquela noite e sumir afirmando que teria que fazer algo que só ela teria que fazer, então depois disso ela sumiu e até hoje.
Pe. Clemente: ( Desacreditado/ perplexo)
Filha você deve tá perturbada com algum espírito maligno
Reze bastante pra que tudo isso passe.
CENA 15: ( FACULDADE UNIÃO/ REITORIA/ SALA/ ENTRANDO A TARDE)
A câmera mostra a reitora indo até a janela e fica observando o movimento dos alunos e de repente um dos anéis em seu dedo brilha e um sorriso sarcástico sai do canto de sua boca
Reitora: ( Olhar de maldade/ sorriso sarcástico)
Hum! Parece que teremos diversão nesse ano.
Um flash aparece na tela e absorve a imagem.
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