Pura Elegância -Capítulo 25
- Gabriel Agapito
- 16 de mai. de 2024
- 4 min de leitura
Cena 1: Vila Paraíso. Rua Canarinho. Exterior: Manhã
Edna rebate as acusações de Angélica
Edna – Eu sou golpista e você a ex-madame burra. Como pode confiar cegamente no Guilhermo? Passou todos os seus bens para ele. E pelo que me lembre, se ele me repassou toda sua fortuna é porque ele estava me devendo.
Angélica – Claro, vagabunda sempre cobra alto por cada programa, o que foi o seu caso né?
Edna – Posso ter sido prostituta, mas nunca me orgulhei da minha profissão. Trabalhava nesse meio por necessidade. Agora, você deveria ter vergonha, faz tanta questão da grana, daquele sitio caindo aos pedaços que seu pai deixou em Volta Redonda, mas tinha vergonha do pai caipira que tinha.
Angélica – Não mencione o meu pai nessa sua boca imunda.
Edna – Menciono sim, engraçado, você gosta de cutucar na ferida dos outros e nas suas, você não gosta. Você até comprou chumbinho pro seu pai, porque sua ambição é ficar com toda a fortuna dele.
Angélica – Nunca fiz isso, não invente coisas. Sua víbora.
Edna – Guilhermo está de prova, ele viu você tentando desviar todo o dinheiro do falecido, para a conta conjunta
Angélica – Vadia, cale a sua boca. Piranha, vagabunda, meretriz.
Edna – Antes vadia do que canastrona, ridícula, fútil e fracassada. Sempre sonhou em ter Guilhermo, mas não dava conta dele na cama.
Angélica estala um tapa na cara de Edna e as duas brigam feio. No depósito, Guilhermo foge. Uma moradora reconhece o empresário, atrai atenção da polícia apaisana e Guilhermo foge por becos e vielas do morro da Vila Paraíso.
Cena 2: Vila Paraíso. Mirante da Sapucaia. Exterior: Manhã
Com a polícia invadindo Vila Paraíso, Guilhermo consegue chegar no topo do morro, rouba o helicóptero dos bandidos e levanta voo. Dentro do veículo, o argentino liga para Felipe:
Guilhermo – Felipe, estou de partida para Londres, fique atento. Chegando lá, vou dar um jeito para recuperar nossa empresa.
Felipe – Eu se fosse você, tomaria cuidado.
Guilhermo – Porque está dizendo isso?
Felipe – Toda as ligações que você fizer, a Polícia Federal ouvirá, tudo foi grampeado.
Guilhermo – Inferno!
Ao ver o helicóptero sendo furtado, Luizinho, sócio da boca de fumo diz:
Luizinho – Tem um alemão, roubando nosso helicóptero. Metam bala.
Os bandidos dão tiro no helicóptero, acerta o motor e explode no ar, com Guilhermo dentro.
Cena 3: Casa dos pescadores. Jurujuba. Niterói. Praia. Exterior: Manhã
Leandro conversa com Bruno durante as pescas
Leandro – Rapaz, o que você fez para está nessa situação?
Bruno – Estou pagando pelos meus pecados, agora, tenho que sobreviver sozinho.
Leandro – Te desejo boa sorte amigo.
Bruno – Sorte e dinheiro é o que eu mais preciso.
Soraia fala sobre a morte de Guilhermo:
Soraia – Gente estou chocada com uma notícia
Leandro – Que notícia? Fala mulher, está me deixando nervoso.
Soraia – O senhor Guilhermo, acabou de morrer num acidente aéreo.
Bruno – Meu pai? Isso não pode ser possível.
Leandro – Tenha calma Bruno.
Bruno grita e chora desesperadamente e Leandro o consola
Cena 4: Vila Paraíso. Condomínio 22 de novembro. Sala. Interior: Manhã
Após longa conversa sobre a fraternidade, Ferdinanndy continua desacreditado.
Ferdinanndy – Nossos pais nos abandonaram, ficamos sozinhos no mundo. Eu sendo criado por um mecânico e você foi deixada no convento. Parece uma história de novela.
Francyanne – É isso Nanndy, espero que me aceite como irmã
Ferdinanndy – Fomos criados juntos e como irmãos, nosso caminho se cruzou depois de muito tempo. É claro que vou te aceitar.
Francyanne – Nanndy, nem sei como te responder.
Ferdinanndy – Nem precisa perua, você sempre fez parte da minha vida, tanto e quanto os nossos pais.
Francyanne abraça Ferdinanndy emocionada.
Cena 5: Mansão dos Marcondes Albuquerque. Piscina. Exterior: Manhã
Charlene encontra Benjamin com Eduardo e repreende o filho
Charlene – Ben, o que faz na piscina uma hora dessa? Já passou o protetor solar?
Benjamin – Passei mãe, estou curtindo a piscina com o tio Eduardo.
Charlene – Deveria ter me consultado primeiro. Saia da piscina, que vou esquentar o leite pra você.
Benjamin deixa a piscina, é acompanhado por Joseph pra cozinha. Charlene e Eduardo ficam só.
Eduardo – Porque brigar com seu filho? Gosto tanto do Ben, um menino de ouro.
Charlene – Tenho medo de você estragar o meu filho.
Eduardo – Posso ser pinguço, aventureiro, mas uma criança, eu trato com maior amor e carinho.
Charlene – Enfim, preciso ir.
Eduardo chama Charlene e diz:
Eduardo – Não sei qual é o seu problema comigo, não tenho nada contra você. Antes até tinha, mas agora não. Espero que você quebre essa resistência.
Charlene – Só vou deixar de ser resistente, quando for necessário. Eu tenho que ir, estou atrasada para o trabalho. Com licença.
Eduardo fica só e vê Charlene entrando na mansão
Cena 6: Cemitério Parque da Paz. Exterior: Manhã
Após reconhecer o corpo, Bruno fez o velório e enterro de Guilhermo.
Bruno – Você foi o alicerce da minha vida. Minha vida agora, sem você, não faz sentindo algum. Eu te amo pai.
Bruno beija a lápide e chora. Sozinho e caminhando vagarosamente, Bruno pega um carro velho, sobe a Ponte Rio e Niterói. Na vão central, Bruno deixa o carro e diz:
Bruno – Perdi o amor da minha vida, o carinho da minha mãe, perdi toda a fortuna e o meu pai. Não tem o porque me manter vivo. Da mesma forma que vim ao mundo, eu posso deixa-lo.
Bruno sobe na mureta e se joga da ponte Rio e Niterói.
Cena 7: Vila Paraíso. Condomínio 22 de novembro. Sala. Interior: Inicio da tarde
Juscelina chega com uma carta e Edna diz:
Juscelina – Recebemos uma carta do estrangeiro
Edna – Carta do estrangeiro?
Edna abre a carta e diz:
Edna – Amada, estamos ricas. RICAS
Juscelina fica em estado de choque e Edna comemora.
Fim do capítulo
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