Pura Elegância -Capítulo 24
- Gabriel Agapito
- 15 de mai. de 2024
- 3 min de leitura
Cena 1: Bazar Solari. Depósito. Interior: Manhã
Com Edna como vítima, Guilhermo ameaça
Guilhermo – A vagabunda da sua filha, me tirou tudo e eu, vou tirar a sua vida miserável.
Edna – Você é um inútil, um grande inútil. Só servia para esquentar a cama no transatlântico e mais nada. Porque até você transando, era imprestável. Não era ninguém, coloquei políticos e gente poderosa na sua fita e o que você faz? Suja o nome com tão pouco. Se você teve todos os luxos do mundo, foi graças a mim. Mesmo quando eu era prostituta de luxo, te sustentava e nem visto como cidadão brasileiro você teve coragem de ter. Refugiado.
Guilhermo – Cala a sua boca, verme. Eu te ajudei em tudo.
Edna – Sim, ajudou, claro, e criou uma fonte de investimentos para o Vintage L’amour com a intenção de tirar toda a minha grana.
Guilhermo – Nem precisei fazer isso, a tonta da Charlene fez isso por você, e agora está aqui, na merda.
Edna – Eu estou na merda, mas estou reerguendo a minha moral, e você? Que fugiu da penitenciária com o nome sujo no país inteiro.
Guilhermo se aproxima de Edna armado e a ex-madame recua. Em defesa, Edna bate com uma barra de ferro na mão de Guilhermo, que grita alto. A ex-madame saca a arma e diz:
Edna – Caladinho, da mesma forma que quase exterminei o seu filho, eu posso exterminar você. Você ficará debaixo das minhas asinhas e de boca fechada.
Guilhermo enfrenta Edna com ódio e a ex-madame puxa o gatilho.
Cena 2: Mansão dos Marcondes Albuquerque. Sala. Interior: Manhã
Charlene chega nervosa na mansão e Eduardo repreende
Charlene – Cadê a louca da Edna? Ela já foi embora?
Eduardo – Para quê chegar igual uma louca gritando? Morrendo de dor de cabeça, maldita ressaca.
Charlene – Agora não posso manifestar a minha raiva na minha casa, porque o dondoco está de ressaca? Quem mandou virar a noite na balada.
Eduardo – Eu trabalho para isso, querida. Se você é uma sem graça, não é problema meu.
Charlene – Querido, não preciso se mostrar feliz bebendo ou beijando a boca do primeiro que aparece.
Eduardo – Ih, não dá para bater papo com um velha jovem.
Charlene – Então cala sua boca imunda. Ridículo.
Eduardo sobe as escadas e Charlene fica só e aborrecida
Cena 3: Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Calçadão. Exterior: Manhã
Murilo caminha no calçadão e esbarra em Bruno, que se encontra largado.
Murilo – Rapaz, o que faz todo molambento na rua?
Bruno – Perdi tudo por causa da vadia da sua irmã, se lembra?
Murilo – Não fale assim dela.
Bruno – Falo como eu quiser, ela acabou com a minha vida e a vida do meu pai.
Murilo – Eu não tenho culpa, se ela aprontou com vocês. Enfim, vou voltar a caminhar que ganho mais.
Murilo volta a caminhar e Bruno diz:
Bruno – Raça de desgraçados, tomara que toda a família Marcondes Albuquerque queimem no mármore do inferno.
Bruno começa a chorar.
Cena 4: Vila Paraíso. Condomínio 22 de novembro. Sala. Interior: Manhã
Vânia visita Gabriel e os dois conversam
Vânia – Vim conversar com você.
Gabriel – Sinta-se a vontade, a casa também é sua.
Vânia – Soube que você agora está trabalhando, se tornou chefe de família e tomou um novo rumo. Quero que você me perdoe pela frieza e incredulidade em sua mudança. Só queria que você mudasse de vida.
Gabriel – Está perdoada mainha. Uma das maiores virtudes do ser humano, é perdoar um ao outro.
Vânia abraça Gabriel e se emociona
Cena 5: Mansão Marcondes Albuquerque. Área externa. Exterior: Manhã
Perto da piscina, José dá uma de patrão e Sarah se irrita.
José – Pode limpando essa piscina e direitinho.
Sarah – Quem é você para mandar em mim.
José se aproxima e diz no pé do ouvido
José – O seu macho que te leva pra cama todo dia.
Sarah se enfurece e distribui tapas e diz:
Sarah – Cafajeste, nem olhe pra minha cara.
Sarah sai enfurecida, José se joga em cima da empregada e dá um beijo
Cena 6: Vila Paraíso. Rua Canarinho. Exterior: Manhã
Edna se distrai e esbarra em Angélica que diz:
Angélica – Então quer dizer que a quenga ficou pobre? Cadê o seu macho, vulgo, meu ex-marido para te sustentar?
Edna – Cala boca, criatura repugnante.
Angélica – Depois de você ter ajudado o Guilhermo me aplicar um golpe, eu sou a repugnante. É querida inimiga, o mundo dá voltas.
Edna – Mas uma hora ou outra, o mundo vai dar voltas á meu favor.
Angélica – É o que veremos. E bem vinda à Vila Paraíso, a comunidade de ex-ricos e de pessoas com o nome sujo na praça, como você. Está feliz?
Edna se possui de raiva e olha com ódio para Angélica
Fim do capítulo
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