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Conquistando o Impossível -Capítulo 08

  • Foto do escritor: Gabriel Agapito
    Gabriel Agapito
  • 24 de abr. de 2024
  • 13 min de leitura


Web novela criada e escrita por: 

Ricky Nascimento


CAPÍTULO 8: "MESTRA EM AÇÃO"


No capítulo anterior: Maurício se desespera após acordar no hospital. Navalha assedia Laine acaba, levando uma surra do pastor Marcos, Dentinho dispara sua arma contra o pastor e nada acontece surpreendendo a todos. Biano e Andressa trocam mensagens por aplicativo de encontros. Vitor chega de surpresa, causando uma situação tensa entre eles. Andressa fica muito nervosa. Pastor Marcos é acusado de bruxaria por estar inteiro depois de um tiro. Silvia e Luigi viajam até Volta Redonda. Diogo comunica a todos o próximo passo do grupo e todos ficam chocados. 

Fique agora com o capítulo de hoje…


CENA 1/GALPÃO ABANDONADO/NOITE/INT.


RÔMULO (ASSUSTADO, E DEPOIS RI) - Hahah, gente, ele está brincando, não vamos pôr fogo em pessoas…


Todos dirigem a visão a Diogo.


DIOGO (SÉRIO ENCARA RÔMULO) - Por acaso estou rindo, quem disse que estou brincando… 


NANDA (CHOCADA) - Bebeu, Diogo! Que loucura é essa? Eu não vou fazer uma merda dessas não!


Diogo, saca um revólver e todos se assustam e se afastam dele. Ele vai até Nanda e coloca o revólver na cabeça dela. 


DIOGO (SÉRIO) - Querida Nandinha você não tem escolha, ou vai ou morre…


Todos olha para ele horrorizados. Ele gargalha. Eles ficam sem entender. 


DIOGO (RINDO) - É de brincadeira relaxa. Haha. 


PILAR (REVIRA OS OLHOS) - Você é um babaca, olha como deixou a Nanda, seu otário. 


Todos olham para Nanda que chora, nervosa.


RÔMULO (BRAVO) - Que merda, Diogo! Você está louco, como que você ameaça minha namorada assim…


DIOGO (REVIRA OS OLHOS) - É de brinquedo colega, relaxa.


Levanta pega seu casaco e puxa Nanda, ele está chateado. 


RÔMULO (BRAVO) - Vem meu bem, vamos sair daqui. 


DIOGO (ENCARANDO ALGO ALEATÓRIO) - Se sair, vou ter que avisar a Mestra e ela não gostará nada disso. 


Rômulo para na porta e Nanda olha para ele assustada, ele engole em seco. 


PILAR (REVIRA OS OLHOS) - E quem é essa Mestra mesmo? Ela pede esses servicinhos simples e agora vem com essa loucura de matar pessoas… qual foi?


DIOGO (SÉRIO) - Entendam, que o que está acontecendo não é brincadeira, a causa é algo sério a Mestra cansou de simples atentados, vamos parti para o ato principal, e mostrar nossos ideologia. 


PAULA (FRANZE A TESTA) - E que diabos de ideologia é essa? Não tá falando daquilo que sempre escrevemos nos nossos atentados? 


PILAR (APERTA OS OLHOS) - Tá falando que nós vamos se tornar babacas preconceituosos e idiotas? 


DIOGO (SOLTA UM SORRISINHO TORTO) - Mas é isso que nós somos, ou você é tão hipócrita para dizer que não é racista?


PILAR (REVIRA OS OLHOS) - Só por que detesto meu pai, não quer dizer que sou racista…


DIOGO (DESVIA O OLHAR) - Ele é preto, meu bem…


PILAR (GRITA) - Eu o odeio não por que ele é preto e sim porque ele passou HIV para minha mãe, só isso! Estou cansado de você Diogo dessa merda toda, tou fora. 


Pilar pega suas coisas e vai saindo. No mesmo instante chega uma mulher vestida por completo da cabeça aos pés e não dá para ver seus olhos e nada de sua face. 


MESTRA (VOZ FORTE) - Você não vai a lugar nenhum! 


Todos olha assustado para ela, Diogo sorri.




CENA 2/MÉIER/CASA DE ANDRESSA/BANHEIRO/INT.


Mostra-se um silêncio na sala, no quarto e quando chegamos perto do banheiro ouvimos barulhos de alguém vomitando, mostra Andressa no vaso ela vomita e coloca novamente o dedo na garganta e desce para despejar no vaso, ela senta no chão exausta. Batem na porta, ela levanta, lava o rosto na pia e seca as mãos. 


ANDRESSA (GRITA) - Só um instante, já estou indo…


Ela dá descarga e corre para abrir a porta. Ela abre e Kelly está ali fora sorridente com um balde de pipoca na mão e está de pijama. 


KELLY (SORRIDENTE) - Surpresa! Noite da pipoca.


Andressa desperta desinteresse… 


KELLY (FRANZE A TESTA) - Que cara é essa Dressa? 


Ela entra e fecha a porta atrás de si, Andressa disfarça indo em direção a cozinha, abre a porta da geladeira e bebe água, Kelly vai atrás e coloca o balde de pipoca no balcão. 


KELLY (PREOCUPADA) - O que está rolando? Você nunca foi de recusar uma noite da pipoca? O que está acontecendo?


ANDRESSA (REVIRA OS OLHOS) - Não está rolando nada, Kl. Só estou cansada, amanhã tenho trabalho e estou exausta… 


KELLY (APERTA OS OLHOS) - Amanhã é quinta feira, você não trabalha às quintas, e você está pálida. Você não tá…


ANDRESSA (IRRITADA, SAINDO DALI) - Não está acontecendo nada, sou estou meio doente e cansada, preciso descansar…


KELLY (VAI ATRÁS) - Mentira Andressa! Eu te conheço desde que nasci! Você está fazendo de novo, não é… 


ANDRESSA (GRITA, IRADA) - Chega Kl! Sai da minha casa! Quero descansar…


Kelly esboça incredulidade.


KELLY (PREOCUPADA) - Dressa, você sabe que estou aqui, sei que pode está sendo difícil depois daquilo… 


ANDRESSA (GRITA) - Mas eu tou bem! Só estou querendo ter um pouco de paz…


KELLY (ENCHEM OS OLHOS DE LÁGRIMAS) - Na última vez que disse que estava bem o vizinho encontrou você caída no chão, pois tinha tomado laxante… amiga, eu tou aqui, vem para o colinho da amiga…


Andressa olha para ela, sua feição muda de brava para triste, ela chora. Ela corre para os braços da amiga e abraça ela forte.


ANDRESSA (AOS PRANTOS) - Eu não consigo, não consigo, amiga. 


KELLY (APERTA ELA FORTE) - Calma, meu amor… vamos conseguir juntas, você não vai voltar a viver assim, vou vir morar com você aqui, para você não ficar só.


Andressa afasta-se dela devagar, limpa as lágrimas.


ANDRESSA - Não precisa amiga, você tem suas coisas seu trabalho, eu vou ficar bem…


KELLY (DECIDIDA) - Não Dressa! Não vou errar novamente, vou está aqui para quando você precisar. Sua mãe não está aqui, mas eu estou. E não aceito não como resposta.


ANDRESSA (SORRI, EMOCIONADA) - Mas você vai dormir onde? O Tob já toma a sala de estar toda, ele não vai gostar nada. 


Ela faz um sinal para seu cachorro e ele vem, balançando o rabo, ela faz carinho nele. 


KELLY (AO CÃO) - Tob, você deixa eu ficar na sala? Deixa? 


Ele late como se respondesse a ela. 


KELLY (SORRI) - Viu, ele concordou né TOB.


O cão dá mais duas latidas e vai até ela, que lhe faz um carinho. 


ANDRESSA (DESFAZ O SORRISO, OLHA PARA AS MÃOS) - Mas amiga, é não quero atrapalhar…


KELLY (INTERROMPE) - Meu amor, já está decidido, nem que divida o sofá com o Tob. 


ANDRESSA (GARGALHA) - Amiga para, você não vai dormir na sala com o Tob, vai dormir comigo no quarto, a cama cabe nós duas. 


Kelly sorri e dá de ombros.


KELLY (SORRI) - Então está decidido, amanhã mesmo eu trago minhas coisas. 


ANDRESSA (TENSA) - Tem certeza amiga? 


KELLY - Absoluta! Eu encontrei um filme na Netflix que você vai amar…


Elas continuam conversando Andressa demonstra tristeza.  


CENA 3/VOLTA REDONDA/NOITE/EXT. 


Mostra - se um carro adentrando a cidade e indo até uma casa qualquer, num bairro de Volta Redonda. O carro para e Luigi desce, seguido de Silvia. Silvia coloca o casaco, pois estava frio. Luigi conversa com o motorista e paga-o, ele vem até Sílvia e esfrega as mãos. 


LUIGI (OLHA AO REDOR, TEM ALGUMAS PESSOAS AO LADO) - Eita com tá frio, vamos entrar dona Sissi… minha tia deve está esperando.


SILVIA (FRANZE A TESTA) - Sissi? Calma lá meu jovem, não te dei intimidade nenhuma para me chamar assim, cada um no seu quadrado… onde é a casa? Não aguento mais está nesse frio noturno. 


LUIGI (SORRI SEM GRAÇA) - Logo ali na frente senhora… 


Ele ergue o braço em uma direção, e Silvia segue, ele vai atrás. Eles chegam a casa de Madalena. Luigi bate na porta, uma mulher vem atender. 


MADALENA (FELIZ) - Luigi meu sobrinho querido! (Abraça -o) Como você está grande e bonito! Entrem por favor! 


Eles entram, Silvia pede licença. A casa de Madalena é simples e aconchegante, Madalena vai até a cozinha e mexe em uma panela grande. 


MADALENA (SORRIDENTE) - Estou fazendo um belo cozido, imagino que estejam com fome. 


SILVIA (TRISTE) - Na verdade, não sinto fome, estou muito preocupada com meus filhos e com meu marido…


LUIGI (SENTA NO SOFÁ E SILVIA TAMBÉM) - A senhora Silvia, está a procura de notícias sobre sua família, parece que o ônibus que eles estavam  sofreu um acidente…


MADALENA (ARREGALA OS OLHOS) - Meu Deus! Seu primo Thiago também estava nesse ônibus, ele foi internado no hospital geral da cidade, várias pessoas foram direcionadas para lá, e outras para Barra Mansa. Fui visita-lo mais cedo, que bom que meu filho está bem… teve umas feridas pesadas mas está tudo bem, graças a Deus…


Silvia levanta e vai até ela. 


SILVIA (DESESPERADA) - Você pode me levar a esse hospital, por favor?.


MADALENA (TRISTE) - Claro, vamos lá. 


Ela apaga o fogo do fogão e pega sua bolsa, eles saem dali. 


CENA 4/CASA DE MISERICÓRDIA BARRA MANSA/NOITE/INT.


Maurício abre os olhos, olha para os lados e não há ninguém. Ele olha para cima e no instante que olha para o lado novamente vê Benício sentado, com a mesma roupa que estava no momento do acidente, ele sorri. Ele toma um susto e quase cai da cama. 


MAURÍCIO (ARRANCA O RESPIRADOR DO ROSTO) - Que bom que você está bem Benício e nosso pai. 


Ele olha para o lado, Benício chora com o rosto entre as mãos. Maurício fica triste. 


MAURÍCIO (DESESPERA) - Fala, Ben o que aconteceu com nossos pai. 


BENÍCIO (LEVANTA O ROSTO ENTRE AS MÃOS, TRISTE) - Ele está morto, Mauri.


Desce lágrimas dos olhos de Maurício,que escorrem pelo seu rosto com uma cachoeira. 


MAURÍCIO (CHORANDO) - Mor… mor… morto! Não Benício isso não é verdade, meu pai não está morto. Não! 


A enfermeira entra e Benício some. A enfermeira tenta acalmar Maurício.


MAURÍCIO (CHORANDO, DESESPERADO) - Meu pai está morto… morto! 


A enfermeira fica triste. 


ENFERMEIRA - Acalme-se, você não sabe, ele deve está bem… como é o nome do seu pai e de seu irmão? 


MAURÍCIO (FRANZE A TESTA, OLHA PARA ELA) - Meu irmão está bem, ele está aqui do meu lado, se você não percebeu…


A enfermeira olha para os lados e não vê ninguém. 


ENFERMEIRA (CONFUSA) - Como? Não há ninguém aqui…


MAURÍCIO (APERTA OS OLHOS) - Como não há ninguém, está cega. (Ele aponta para ao lado com a mão, e não ver ninguém) Como assim, cadê ele? Ele estava bem aqui, ele falou comigo, que nosso pai estava morto, ele sumiu, deve ter saído quando você entrou…


ENFERMEIRA (CONFUSA) - Mas não vi ninguém saindo, e mesmo assim, você não pode receber visitas, você está na CTI por causa do acidente e das pancadas que recebeu na cabeça. 


MAURÍCIO (OLHA PARA OS LADOS ASSUSTADO) - Tá me zoando né, você viu ele saindo e quer me pregar uma peça, típico do Ben fazer esse tipo de coisa, vocês combinaram, né…


A enfermeira olha para ele assustada, Maurício percebe que ela está perdida nessa conversa.


MAURÍCIO (ASSUSTADO) - É sério que você não viu um menino idêntico a mim saindo dessa sala?  


A enfermeira balança a cabeça mais confusa ainda. 


MAURÍCIO (ARREGALA OS OLHOS) - Eu devo está ficando louco… acho que bater a cabeça não me fez bem. Eu juro que vi o bem aqui… mas, onde ele está? Ele está em algum quarto por aqui, quero ver ele. 


ENFERMEIRA (ARREPIADA) - Creio eu que não, os únicos adolescentes que vinheram para Barra mansa foram você e uma garota de 13 anos, que está internada, não veio outro não. Mas devem tê-lo levado para Volta Redonda, pois muitos foram levados para lá. 


MAURÍCIO (PREOCUPADO) - Mas como eu vi o Ben aqui, se ele pode está lá. (Confuso) Será que eu estou sonhando? Ou será que enlouqueci…


Ele olha para a enfermeira, que está assustada, ela dá de ombros. 


CENA 5/MORRO BRANCO/REPÚBLICA MERLIN/NOITE/INT.


Elion está no quarto deitado tristonho. Enzo entra com alguma coisa numa bandeja. 


ENZO (SORRINDO) - Fiz nuggets, sei que você adora. 


Elion fica imóvel. 


ELION (SECO) - Estou sem fome, pode ir. 


ENZO (REVIRA OS OLHOS) - Eli, olha pra mim… não se fala com os pais de costas para eles, isso é falta de respeito. 


Elion vira-se para o pai. Enzo põe a bandeja em cima de uma mesinha que está ali. 


ENZO (SENTA-SE AO LADO DE SUA CAMA) - O que está pegando? Por que está assim? Se for por conta do vídeo game, vou te falar uma coisa…


ELION (INTERROMPE) - Não é por conta de uma merda de jogo. 


ENZO (ARREGALA OS OLHOS) - Olha essa boca, rapazinho…


ELION (ABAIXA O OLHAR, DESCEM LÁGRIMAS DOS SEUS OLHOS) - Desculpa pai. Por que a mamãe me abandonou…


ENZO (DESCONCERTADO) - É… isso só ela que pode te responder. A Brenda anda numa fase muito confusa filho, eu não posso responder essa pergunta, mas ela pode. Na próxima vez que você for encontrá-la, faça essa pergunta. 


ELION (CONFUSO) - Ela te trocou pelo tio Zyan? 


ENZO (DESVIA O OLHAR) - Meu bem, vamos deixar essa conversa para depois. Está quase na hora de você dormir. Vou ver se te matriculo na escola aqui perto. Você precisa estudar para tirar a mente dos jogos. 


ELION (VIRA-SE PARA O LADO, TRISTE) - Tá bom pai, faça como quiser…


ENZO (SAINDO DO QUARTO, TRISTE) - Vou deixar a bandeja aqui, caso tenha fome. Boa noite.


Enzo sai dali triste. Na sala ele pega um retrato onde mostra Brenda, ele e Elion pequeno nos braços de Brenda. Enzo encara a foto, descem lágrimas dos seus olhos, ele com o polegar acaricia a foto. 


FLASHBACK ON


2011


SÃO PAULO/ PARQUE DE DIVERSÕES 


Brenda e Enzo passeiam pela cidade e vão a um parque de diversões. Eles comem pipoca, vão na montanha-russa, no carrinho de bate-bate e em vários outros brinquedos. Na roda gigante eles se beijam, e sentados estão sorridentes e apaixonados.


BRENDA (SORRINDO) - Bê, tenho que te contar uma coisa…


ENZO (SORRINDO, BEIJA-A) - o quê? 


BRENDA (SORRINDO) - Estou grávida…


ENZO (NÃO ENTENDE, POIS ESTA NA ADRENALINA) - Oi? Só tomar um remedinho que passa. 


Ele tenta beijá-la, ela o afasta. 


BRENDA (ARREGALA OS OLHOS) - Que remedinho, está louco? Não vou tomar nenhum remedinho, você só pode está brincando com minha cara. 


ENZO (FICA SEM ENTENDER) - Por que está brava, você não disse que estava com cólicas, toma um remedinho que passa. 


BRENDA (GRITA AO MANEJADOR DA RODA GIGANTE) - Para essa merda que quero descer.


ENZO (CONFUSO) - Por quê? Enlouqueceu… do nada surtou…


Corta para…


Brenda caminha rápido pelo parque, em direção aleatória. Enzo vem atrás, ele segura sua mão. 


ENZO (CONFUSO) - Bê, o que eu fiz? Não estou te entendendo…


Brenda para, respira fundo e vira-se para ele. 


BRENDA (BRAVA) - Por um acaso você é retardado? Ou se faz? 


ENZO (GRITA, MAS DEPOIS SE CONTÉM) - Mas o que eu fiz! 


BRENDA (REVIRA OS OLHAS) - O que eu acabei de te falar na roda gigante, Enzo? 


ENZO (CONFUSO) - Hã, tantas coisas não lembro, se você está brava por conta da cólica eu entendo…


BRENDA (GRITA) - Não é por causa de cólica nenhuma, menino lerdo! Eu tbm sou grávida! Gra-vi-daaa! Entendeu oh, sonso! 


Enzo cai o queixo, ele fica em êxtase, parado chocado. Ele grita alto e corre e abraça a mulher, ergue-a e gira com ela no ar. 


ENZO (FELIZ) - Eu vou ser papai!!!!


Brenda bate nele forte. 


BRENDA (ENJOADA) - Me põe no chão. Que estou enjoada. 


Ele põe ela no chão. Pega em suas mãos. 


Enzo sorrindo emocionado, ajoelha-se. Brenda muda a feição de brava para apaixonada. Ela prevê o que ele vai fazer. Enzo tira uma caixinha vermelha do bolso, ele a abre está duas alianças dentro.


ENZO (SORRINDO) - Bê, quer se casar comigo. 


Brenda fica emocionada. Ela chora. 


Brenda corre, se ajoelha e beija ele intensamente. 


BRENDA (GRITA) - É claro que sim, sim, sim! Mil vezes sim! 

FLASHBACK OFF


CORTA PARA…


CENA 6/COPACABANA/APARTAMENTO DE ZYAN/NOITE/INT.


Brenda está na cama pensativa. Zayn (Renato Góes), entra no quarto e deita-se na cama, e abraça ela põe trás, ela fica imóvel, ele percebe que ela está pensativa. 


ZYAN - Que foi amor, por quê essa cara?


BRENDA (ERGUE-SE E SENTA NA CAMA) - Estou pensando no meu filho, tenho que ter a guarda dele de volta. 


Zayn deita na cama frustrado, ele bufa. 


ZYAN (CHATEADO) - Mas a guarda já foi dada para o Enzo, você não tem os finais de semanas com o seu filho? O que cê quer mais…


BRENDA (VIRA O ROSTO PARA ELE) - O que eu quero mais, Zy? Eu quero meu filho perto de mim, não só um fim de semana! E o Enzo não tem responsabilidade nenhuma, ele é alcoólatra e a qualquer momento ele pode cair na tentação, e não quero meu filho sofrendo como eu sofri. Vou recorrer na justiça e conseguir a guarda do meu filho. 


ZYAN (DESVIA O OLHAR) - Acho meio difícil o juiz dar a guarda para você, pois tu abandonou a família para viver comigo. 


Brenda levanta brava. 


BRENDA (IRRITADA) - Eu não abandonei minha família foi você que me enganou… 


ZYAN (LEVANTA DA CAMA E VAI ATÉ ELA) - Eu te enganei? Você que não segurou sua xota…


Brenda dá-lhe uma bofetada, e depois se arrepende. 


BRENDA (ASSUSTADA) - Desculpa, Zy! Não foi por mal…


ZYAN (OFEGANTE) - O que você fez?...


Zyan começa a tirar o cinto da calça rapidamente, Brenda fica pedindo excessivas desculpas. 


ZYAN (IRADO, OLHOS ARREGALADOS) - Menina má, tem que aprender! 


Desfoque, mostra o prédio e a janela do apartamento e gritos abafados de Brenda. 




CENA 7/VOLTA REDONDA/HOSPITAL GERAL DE VOLTA REDONDA/NOITE/INT.


Madalena, Silvia e Luigi entram no local. E vão até a recepcionista. 


SILVIA (AGONIADA) - Sou da capital, queria saber sobre meus familiares que iam para São Paulo, e que estavam no ônibus que tombou.


RECEPCIONISTA - Como é o nome deles…


SILVIA - João Mauro Fernandes Palhares, Maurício e Benício Fernandes Palhares.


RECEPCIONISTA - Um momento… (ela tecla no notebook por alguns segundos, para aflição de Silvia) Não, não entrou ninguém com os nomes que você informou.


SILVIA (DESESPERADA, CONHEÇA A CHORAR) - Como não moça… onde eles estão meu Deus… me dê uma luz…


Luigi e Madalena ficam com dó de Sílvia.


RECEPCIONISTA - Foram algumas pessoas para a casa de misericórdia de Barra mansa…


SILVIA (FRANZE A TESTA) - Onde fica isso? É por aqui? 


MADALENA - Não, é numa cidade vizinha, divisa com São Paulo…


SILVIA (EUFÓRICA) - Então vamos lá agora mesmo. 


LUIGI (PREOCUPADO) - Senhora Silva, não é melhor você dormir um pouco, descansar, fizemos uma longa viagem, tem que comer e descansar, amanhã cedinho, nós vamos, hoje está frio, e estamos todos cansados. 


Silvia olha para Madalena. 


MADALENA (SORRI) - Vai ficar tudo bem, sua família estará bem…


SILVIA (CHORA) - E por que o Mauro não me liga, não retorna as minhas ligações. 


MADALENA (DESVIA O OLHAR) - Deve ser que na hora do acidente ele perdeu o celular… mas vamos confiar em Deus… vamos minha amiga, comer algo e descansar. Amanhã vamos à Barra Mansa e desenrolamos esse rolo. 


SÍLVIA (A RECEPCIONISTA) - Vocês tem contato com os profissionais de Barra Mansa? 


RECEPCIONISTA (NEGA COM A CABEÇA) - Infelizmente não, mas tenho uma colega que trabalha no hospital de misericórdia da cidade. Vou mandar uma mensagem. 


SILVIA (SORRI) - Por favor…


A recepcionista pega o telefone e liga para a amiga. 


Celular chama, e chama, mas ninguém atende. Silvia fica triste. 


RECEPCIONISTA (FRUSTRADA) - Ela deve está muito ocupada, é correto vocês irem lá, ou retornarem amanhã aqui, para mim tentar novamente. 


MADALENA - Vamos descansar, amanhã é outro dia e tudo irá se resolver. Vamos. 


Silvia encara a recepcionista, e depois Madalena. Ela decide retornar à casa de Madalena e tentar descansar um pouco. 


CENA 8/MÉIER/GALPÃO ABANDONADO/NOITE/INT.


Todos está boquiabertos e outros amedrontados. 


MESTRA (DISFARÇADA) - Chegou a hora da operação Limpa sujos. E é hoje que começaremos, hoje não, agora! Pode entrar pessoal. 


Ela tira o capuz e vários deles entram ali, todos ficam chocados. 


Passa-se uma cor esverdeada na imagem de Paula, Pilar, Rômulo, Nanda e Diogo sorridente, que é fixado em uma folha que vai de uma árvore ao soprar do vento. 


FIM do capítulo.




 
 
 

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